O Rio de Janeiro será palco do novo encontro Nacional do ‘Compol 2024’, o maior evento de Comunicação Politica e Intitucional do País.
O encontro que será realizado nos dias 05 e 06 de abril, (sexta e sábado) na Faculdade Facha, é destinado principalmente, a todos que compõe o segmento da política, seja municipal, estadual ou nacional.
Entre o público alvo, estão Assessores de Comunicação, Políticos e Candidatos, Agentes Públicos e Estudantes de Comunicação, mas qualquer pessoa que se interesse pelo tema, também pode participar.
Nos dois dias do evento, serão realizadas 30 palestras com profissionais especialistas em Comunicação Política.
Entre eles, estará como palestrante, Marcio Lemos, CEO da ML Comunicação, agência de marketing político, que teve como base profissional o Estado do Rio de Janeiro. “É uma grata satisfação, dividir o Compol aqui no meu querido Rio de Janeiro, com outros profissionais da comunicação. Juntos, vamos oferecer uma grande imersão para os que estiverem presentes no evento. Garanto que o participante sairá com muito conteúdo e atualizações dessa nossa área” disse o publicitário Marcio Lemos.
O espaço destinado para o Compol na Faculdade Facha, tem capacidade para cerca de 130 pessoas. “Por isso, quem estiver interessado, deve agilizar com as suas inscrições”
30 Palestrantes (especialistas em comunicação política): Joyce Trindade, Fernando Stern, Deputada Laura Carneiro, Andressa Sampaio, Rafaela Bastos, Márcio Lemos, Dado Dias, Igor Marques, Abel Lumer, Luka Borges e Paulo Loiola.
Para Paulo Loiola, estrategista político e sócio da Baselab, o COMPOL é um evento que discute uma série de instrumentos e ferramentas da área de comunicação política que serão essenciais na próxima eleição.
“Comunicação política é algo que não se aprende de maneira tradicional, em escolas de sociologia e de comunicação social, pois os conhecimentos em comunicação e marketing políticos se adquirem no dia a dia de uma campanha, no planejamento estratégico até a análise dos resultados obtidos para a execução do mandato”, finaliza o executivo.
O Portal AM1 conversou com especialistas em comunicação política, que ressaltaram a importância das redes sociais nas eleições, haja vista que elas são uma ferramenta essencial na construção da imagem política de um candidato.
Manaus (AM) – À medida que as eleições de 2024 se aproximam, os candidatos e personalidades que possuem pretensões políticas buscam novas formas de se conectarem aos eleitores. Dito isto, as redes sociais se tornam um campo de batalha importante e crucial para os políticos, principalmente, quando o objetivo é influenciar e formar opiniões.
Plataformas como Facebook, X (antigo Twitter), Instagram e TikTok alcançando bilhões de usuários no mundo todo, os candidatos às eleições municipais estão intensificando seus esforços on-line para capturar a atenção e o apoio do eleitorado. De vídeos virais a debates ao vivo, a criatividade é a moeda de troca neste novo cenário político digital, onde a informação chega cada vez mais rápido e direcionada.
A importância das redes sociais é evidente em sua capacidade de atingir públicos segmentados, engajar eleitores jovens e gerar discussões instantâneas sobre questões ideológicas. No entanto, também levanta preocupações sobre desinformação, polarização e manipulação de dados.
Opiniões
Para o cientista político Jack Serafim, que analisou o cenário político atual da capital amazonense, as redes sociais são uma ferramenta na construção da imagem política do candidato, mas, apesar do alcance a milhares de eleitores, é necessário que se crie um laço entre o off-line e as redes, pois segundo o especialista, um mundo não sobrevive sem o outro.
Jack Serafim (Foto: Reprodução/Instagram @jackserafimam)
“As redes sociais são ferramentas que ajudam na construção da imagem do agente político de forma mais acessível. Se você tem um bom conteúdo, ainda que não tenha recursos para impulsionamento, é possível alcançar milhares de pessoas e construir autoridade”, afirmou o cientista político.
Jack explica, também, que mesmo com as ferramentas digitais disponíveis, o relacionamento físico com o eleitorado deve ser mantido, porque esse passo constrói a confiança do eleitor para com o político, já que essa aproximação “engaja melhor”.
Apesar das exceções, a regra é que, no processo eleitoral, as redes sociais apenas complementem o marketing político, já que é no contato pessoal que é possível engajar melhor. As redes sociais vivem de nossos relacionamentos off-line. Se eles não existem, são mais difíceis de existir no on-line”, finalizou Serafim.
Para Márcio Lemos, publicitário e especialista em comunicação política, que também foi entrevistado pelo Portal AM1, a preocupação com o digital, por parte dos pré-candidatos, está cada vez mais em evidência, mas ele citou que essa é parte de um único objetivo: a campanha política.
“A política está ganhando cada vez mais espaço no mundo digital e é cada vez mais comum ver os pré-candidatos preocupados com as redes sociais e a criação de conteúdo. É importante ressaltar que a campanha é uma só: a campanha política. O meio digital é uma das formas que os políticos têm para se comunicar com as pessoas, transmitir uma mensagem específica para um público-alvo, além de ser o método mais rápido para estabelecer um posicionamento, gerenciar uma crise ou comunicar algo importante”, informou o publicitário.
Quando questionado sobre o poder de influenciar as eleições, Lemos disse que a presença no virtual é importante, mas que não altera o resultado das eleições.
“O virtual, o digital, é muito importante, mas não altera o resultado das eleições. Ele é um meio mais eficaz e rápido de se aproximar das pessoas, […] uma comunicação digital bem feita faz toda a diferença. Ela não muda o resultado, mas influencia na aceitação e, consequentemente, no efeito cascata que determina o voto”, disse.
O especialista destaca a importância da comunicação como um dos pilares da campanha política. “A comunicação desempenha um papel fundamental, sendo um dos pilares da campanha política e do mandato. Sem uma comunicação eficaz, não é possível apresentar às pessoas o trabalho, as realizações, os anseios e a personalidade, nem criar conexões com o eleitorado”, finalizou Lemos.
Neste ciclo eleitoral, uma coisa é certa: as redes sociais não são apenas uma ferramenta para os candidatos, mas também um meio de conquistar terreno e votos e também de promover novos nomes para o jogo político. A capacidade de destaque no digital pode ser o diferencial nas urnas em 2024.
O ano é 2023. A sociedade civil e a classe politica discutem diariamente os efeitos negativos que o racismo, o machismo, a homofobia, a xenofobia e todo tipo de preconceito ainda causam na sociedade. Porém, infelizmente, ainda nos deparamos com discursos que insistem em propagar esse tipo de pensamento arcaico e criminoso. O que muda de um passado sem muito acesso a tecnologia e ainda se conectando ao mundo digital, é a velocidade da informação, principalmente com o advento das redes integradas, usuários atentos e ativos, trabalhando como vigilantes “full-time”.
Um exemplo é o caso recente do vereador de Caxias do Sul (RS), Sandro Fantinel, que era do Patriotas, partido de direita, conservador, que também não aceitou a posição xenófoba do agora, ex-membro do partido, expulso após o ato desrespeitoso. Mas esse tipo de fala e ato, acontecia no passado? Com toda certeza sim, porém, minutos após a fala, a comunidade digital já estava se posicionando, outros políticos sabendo e repudiando a atitude, toda imprensa noticiando e a equipe do vereador, provavelmente tentando gerenciar a crise. A quantidade de compartilhamentos por minutos é tão rápida e tão eficaz, que as consequências acabam vindo mais depressa. Essa é a grande diferença: a rapidez da informação.
Então chegamos a algumas conclusões: não existe mais espaço para preconceitos, ainda mais vindo de representantes da população. As pessoas estão conectadas, antenadas e não toleram mais falas desrespeitosas. Se você falar besteira, será exposto e julgado pelos milhares de usuários das redes sociais. E sim, a opinião deles importa, porque são eles que pressionam o parlamento, os poderes e as autoridades, para que atitudes sejam tomadas. Um outro ponto é que todo “player” político, antes de falar qualquer coisa, deve discutir com uma equipe preparada as melhores forma de abordar um tema, como se portar e como se comunicar. Lembre-se que uma boa estratégia de marketing e comunicação pode te salvar. Já a falta dela pode te afundar de vez.
Por fim, vale salientar que os veículos de imprensa estão de olho, e qualquer movimento atípico nas redes já ativa um “alerta”. Eles colhem as informações, contando as vezes com a participação da sociedade e transformam aquilo em matérias, positivas ou negativas. Isso acaba dando um novo papel para quem está compartilhando informação, transformando a pessoa em uma espécie de “correspondente”. A internet não perdoa e o júri digital é rigoroso. Cuidado!
No dia 8 de março é comemorado o dia internacional da mulher. Originalmente, a data era utilizada para marcar a luta das mulheres por melhores condições de trabalho e direitos políticos, mas com o passar dos anos, tornou-se também uma oportunidade para celebrar as conquistas das mulheres e refletir sobre os desafios que ainda enfrentam.
As mulheres ainda lutam por igualdade e espaço, principalmente quando falamos sobre política, já que o Brasil está entre os países com menor participação feminina nos parlamentos federais. E para provar que as mulheres ainda tem um longo caminho até conquistar o devido respeito, ainda vemos parlamentares diminuírem a luta das mulheres, como fez o então deputado federal mais votado do país, Nikolas Ferreira, que usou uma peruca em sua fala na Câmara dos Deputados, diminuindo e fazendo chacota da igualdade de gênero. O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e levantou questionamentos sobre até que ponto é aceitável expor opiniões e críticas, sem ultrapassar os limites do respeito e da ética.
É aí que fica a pergunta: pode tudo mesmo? Muitos políticos usam a tribuna para expressar suas opiniões, fazem discursos fortes e entram em embates. Até aí, tudo bem. Mas e quando isso vira um grande espetáculo? A estratégia de comunicação é certeira, sim, pois discursos assim ganham espaço na mídia, se tornam assuntos mais comentados e vão para as capas de jornais. Numa outra perspectiva, desaponta, já que vemos os parlamentares eleitos pelo povo se apequenarem, transformado o plenário numa “briga de quinta série”.
É preciso refletir sobre até que ponto uma opinião pessoal pode ferir a dignidade de outras pessoas e ultrapassar os limites do respeito. Ainda que a liberdade de expressão seja um direito fundamental e essencial em uma democracia, ela deve ser exercida com responsabilidade e ética. Por isso, é fundamental que os parlamentares tenham consciência de que suas opiniões e comportamentos refletem diretamente em sua atuação política e na imagem do país como um todo. Sabemos que na política a guerra de narrativas faz toda diferença na hora de conquistar o eleitorado, mas estamos evoluindo e entendo que deve sim haver um limite.
Os recentes ataques a escolas ocorridos em alguns estados têm causado consternação e tristeza. É alarmante ver esses eventos acontecerem em uma escala tão ampla e em curtos períodos de tempo. Em alguns países, ataques e massacres não são divulgados pela imprensa, uma vez que as forças de segurança e estudiosos entenderam que notícias sobre esses eventos podem motivar novos ataques. Alguns dos perpetradores chegam a compartilhar em fóruns proibidos suas intenções e são ovacionados por outras pessoas.
No Brasil, alguns veículos de mídia estão tomando providências semelhantes, como o Grupo Globo, que decidiu não divulgar mais os nomes e imagens dos autores de ataques. Nesse contexto, políticos de todo o país têm se manifestado de várias formas, por meio de textos, vídeos e posts nas redes sociais. Projetos de lei foram apresentados, frentes foram criadas e atores políticos se mobilizaram de diversas maneiras.
É comum que alguns players culpem os videogames de forma simplista quando casos extremos acontecem. Apesar de pesquisas já terem mostrado que não há uma ligação direta entre jogar jogos violentos e comportamentos violentos na vida real, essa narrativa ainda volta à tona de tempos em tempos. Em 2019, o ex-vice-presidente do Brasil, General Mourão, foi uma das pessoas que estabeleceu uma conexão entre o atentado a uma escola em Suzano, cidade do interior de São Paulo, e jogos violentos.
Diversas revisões de literatura, que analisam várias pesquisas e estudos sobre a relação entre jogos e violência, não encontraram evidências convincentes de que jogar jogos violentos esteja diretamente associado a comportamentos violentos na vida real. Essas revisões foram conduzidas por instituições como a American Psychological Association (APA), a American Academy of Pediatrics (AAP) e a Royal Society. A violência é um comportamento complexo e multifatorial, influenciado por uma série de fatores, como ambiente familiar, contexto social, predisposição genética, entre outros.
O tema da violência nas escolas deve ser debatido de forma séria e consistente, visando a proteção das unidades escolares, professores, profissionais e, principalmente, dos alunos. É necessário investir em mais segurança, novos métodos de monitoramento, assistência psicológica e recursos para lidar com momentos de tensão. Ao analisarmos mais atentamente o ponto de vista da comunicação, fica claro que questões importantes muitas vezes são tratadas de forma populista, e os parlamentares as utilizam de maneira irresponsável. O deputado Zé do Trovão (PL-SC) é novo protagonista da briga contra os jogos.
Não sabemos aonde esse embate vai dar, mas torcemos que propostas firmes e ações efetivas sejam colocadas em prática e ataques sejam minimizados.