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O eleitor vai te esquecer e a culpa é sua!

Nos anos que antecedem as eleições, nós, consultores de marketing político, dedicamos nosso tempo para orientar aspirantes a cargos públicos. Uma das recomendações mais frequentes é sobre a importância de manter a comunicação ativa e evitar se tornar o político “copa do mundo”, que só aparece de quatro em quatro anos.

Porém, com o fim do período eleitoral, o que mais se observa é a chamada síndrome do “passou, acabou”. Muitos políticos que investiram pesado ​​na comunicação, na interação com o eleitor e nas redes sociais simplesmente desaparecem após os resultados do primeiro e segundo turno. E, se você acha que isso acontece apenas com os que perderam, sinto informar que não. Muitos vencedores, que em breve assumirão prefeituras e cargos no legislativo, também desapareceram das redes.

A constância na comunicação é, sem dúvidas, um pilar essencial para a construção e manutenção da reputação, da confiança e do vínculo com o eleitor. Apesar disso, alguns políticos ainda cometem erros básicos, como “abandonar” a comunicação no pós-eleição. Mas posso garantir: não é por falta de assunto. Tanto para eleitos quanto para não eleitos, há inúmeras possibilidades e estratégias para continuar dialogando com o público e manter a comunicação ativa.

Na minha opinião, o que falta é interesse e, muitas vezes, entendimento da importância de manter o eleitor próximo — seja para consolidar o voto, seja para preparar o terreno para o próximo pleito. Quem não parou de se comunicar já está dez passos à frente. E quem parou terá que se esforçar muito para “correr atrás” do prejuízo e investir bastante energia para restabelecer o contato com o eleitorado.

Espero que os políticos se atentem o quanto antes e ativem novamente seus canais, pois o eleitor está esperando isso. Lembre-se que quem votou em você, quer saber desde já os próximos passos, o que está sendo pensando para o futuro e o suas ações para os próximos meses.

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Rio Grande do Sul e a mobilização nas redes sociais: como as plataformas podem ser tanto uma benção quanto uma maldição

 

O Brasil está em lágrimas pela situação de várias famílias do Rio Grande do Sul que estão sendo afetadas pelas enchentes causadas pelas fortes chuvas. O número de mortos, desaparecidos, desalojados e desabrigados, vem crescendo vertiginosamente. Neste momento a empatia é um sentimento que deve se sobrepor a todos os outros.

 

Com todos esses acontecimentos, está ocorrendo uma grande mobilização nas redes sociais. Vários perfis estão compartilhando maneiras de ajudar as vítimas, seja financeiramente ou com a doação de suprimentos. De modo geral, os posts indicam o que e onde doar os mantimentos e chaves pix para fazer transferências para fundos que irão ser direcionados para as famílias atingidas.

 

Assim, as redes sociais, mais uma vez, se mostram como um antro de influência e disseminação de ideias. Porém, existe uma via de mão dupla. Há pessoas que compartilham e se utilizam dessas plataformas para de fato conseguirem alcançar o bem comum daquela população necessitada. Em contrapartida, existem aquelas que estão apenas “surfando na onda” para conquistarem engajamento, seguidores e reações, ou até mesmo para aplicarem golpes.

 

Essa realidade, faz com que se crie um desconfiança quanto às reais intenções de uma pessoa ao compartilhar uma corrente de ajuda. O pix que é enviado para um fundo de auxílio pode parar no bolso de um golpista, assim como as pessoas podem enaltecer um influencer que está “pagando” de benevolente, quando na verdade ele está apenas se aproveitando da situação. 

 

Isso só corrobora para indicar o impacto e influência que as redes sociais têm em determinados assuntos. Dessa forma, ao mesmo tempo que esse recurso deve ser utilizado para o bem, as pessoas devem tomar cuidado com as malícias presentes no meio. Além disso, o debate sobre a responsabilidade dos indivíduos nessas plataformas deve sempre estar em pauta, visto que, ações desrespeitosas à assuntos delicados como esse, não devem sair impunes.

 

Que em meio a esta turbulência, a humanidade floresça dentro de cada um.

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Os políticos utilizam as redes sociais da forma correta?

As redes sociais, sem dúvidas, mudaram a concepção de veiculação de propagandas, campanhas e informações. De acordo com uma pesquisa da Consultoria em Marketing Digital Conversion, os brasileiros ficam conectados, em média, por quatro horas e oito minutos por dia nas redes. Por isso, esses meios se tornaram um ótimo local para se trabalhar a imagem de uma figura política. Atraídos pelos números, muitos políticos, sejam candidatos ou em mandato, colocam grande força em suas redes sociais, no entanto, muitos se enganam na hora de usar essas plataformas. 

 Pode ser frustrante para um político ver que seus números não estão condizentes com o que ele imaginava quando entrou nas redes sociais. O que ele está fazendo de errado? Qual é o melhor caminho a seguir?

É aí que o marketing político entra. Não adianta simplesmente soltar conteúdo atrás de conteúdo sem estabelecer uma lógica por trás desses lançamentos; ou seja, é necessário que certos aspectos sejam definidos antes para que uma comunicação efetiva seja de fato executada. Assim, é necessário o conhecimento e definição do público-alvo, bem como o entendimento da abordagem e da mensagem que o político quer passar, e isso só é possível por meio de uma estratégia.

Muitos acabam optando por tentar viralizar e acabam fugindo do que é uma comunicação política eficaz. Porém, é evidente que alguns também entendem que ser viral pode ser uma estratégia, desde que tudo tenha um sentido e não seja feito “apenas por fazer”, principalmente no instagram, que hoje é uma das redes sociais mais consumidas no Brasil.

Segundo pesquisa do DataSenado, 45% da população brasileira tem seu voto influenciado pelas redes sociais. Isso se deve ao encurtamento do espaço entre o eleitor e o candidato que essas plataformas promovem. Com isso, o retrato final dessa realidade é que  o político deve manter um nível para ser visto como uma figura importante e não como um mero criador de conteúdo ou influencer, visto que  pessoas votam em quem elas confiam e se identificam, e não em que elas acham um bom produtor de “memes” ou “trends” lançadas de maneira aleatória.

No fim, a chave para o sucesso nas redes sociais é: um marketing político bem definido e eficaz.