O ano é 2023. A sociedade civil e a classe politica discutem diariamente os efeitos negativos que o racismo, o machismo, a homofobia, a xenofobia e todo tipo de preconceito ainda causam na sociedade. Porém, infelizmente, ainda nos deparamos com discursos que insistem em propagar esse tipo de pensamento arcaico e criminoso. O que muda de um passado sem muito acesso a tecnologia e ainda se conectando ao mundo digital, é a velocidade da informação, principalmente com o advento das redes integradas, usuários atentos e ativos, trabalhando como vigilantes “full-time”.
Um exemplo é o caso recente do vereador de Caxias do Sul (RS), Sandro Fantinel, que era do Patriotas, partido de direita, conservador, que também não aceitou a posição xenófoba do agora, ex-membro do partido, expulso após o ato desrespeitoso. Mas esse tipo de fala e ato, acontecia no passado? Com toda certeza sim, porém, minutos após a fala, a comunidade digital já estava se posicionando, outros políticos sabendo e repudiando a atitude, toda imprensa noticiando e a equipe do vereador, provavelmente tentando gerenciar a crise. A quantidade de compartilhamentos por minutos é tão rápida e tão eficaz, que as consequências acabam vindo mais depressa. Essa é a grande diferença: a rapidez da informação.
Então chegamos a algumas conclusões: não existe mais espaço para preconceitos, ainda mais vindo de representantes da população. As pessoas estão conectadas, antenadas e não toleram mais falas desrespeitosas. Se você falar besteira, será exposto e julgado pelos milhares de usuários das redes sociais. E sim, a opinião deles importa, porque são eles que pressionam o parlamento, os poderes e as autoridades, para que atitudes sejam tomadas. Um outro ponto é que todo “player” político, antes de falar qualquer coisa, deve discutir com uma equipe preparada as melhores forma de abordar um tema, como se portar e como se comunicar. Lembre-se que uma boa estratégia de marketing e comunicação pode te salvar. Já a falta dela pode te afundar de vez.
Por fim, vale salientar que os veículos de imprensa estão de olho, e qualquer movimento atípico nas redes já ativa um “alerta”. Eles colhem as informações, contando as vezes com a participação da sociedade e transformam aquilo em matérias, positivas ou negativas. Isso acaba dando um novo papel para quem está compartilhando informação, transformando a pessoa em uma espécie de “correspondente”. A internet não perdoa e o júri digital é rigoroso. Cuidado!